O curso de graduação em Terapia Ocupacional do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) ocorre em um momento onde há uma alta demanda pela profissão em todo o território nacional. Porém, paradoxalmente, a oferta de profissionais qualificados continua em baixa. Deste modo, alunos da universidade se destacam com um conhecimento altamente valorizado no mercado de trabalho.

A terapia ocupacional tem como objetivo promover autonomia e qualidade de vida. Presente em diferentes espaços e contextos, o profissional de TO atua em áreas da saúde, educação, saúde mental, instituições diversas e organizações sociais; além desses espaços, o terapeuta ocupacional também pode atuar em atendimentos domiciliares, empresas, sistema prisional, projetos sociais, centros de convivência e em contextos de arte, cultura e lazer.

“A terapia ocupacional tem ganhado cada vez mais visibilidade e espaço no mercado de trabalho devido aos ótimos resultados que os pacientes e clientes vêm tendo com as intervenções, especialmente ao pensarmos na abordagem da TO com pacientes com Transtorno do Espectro Autista.”, disse a coordenadora do curso de TO do Unifeso, professora Danielle Aprígio.

Esse impacto no tratamento é um dos fatores para o “boom” da área. De acordo com uma pesquisa publicada em julho de 2024 pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, nos últimos anos, houve um crescimento de 35% na contratação formal de terapeutas ocupacionais no Brasil, seja no setor público, ou na iniciativa privada.

Porém, esse crescimento ainda não dá conta da alta demanda por esse tipo de tratamento especializado.

O paradoxo da Terapia Ocupacional

O conflito entre a necessidade dos pacientes em processo de reabilitação e a baixa capacitação de terapeutas é evidenciada por uma amostra levantada pelo Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). De acordo com os dados, no segundo semestre de 2024, existiam em todo o estado do Rio de Janeiro 811 terapeutas ocupacionais atuantes. O documento apontou que o cenário se torna mais alarmante uma vez que as regiões norte e nordeste do Brasil enfrentam ainda maiores dificuldades de contratação pelas prefeituras e instituições privadas.

Dessa forma, além da formação em TO demonstrar um valor técnico para o profissional da área, os salários também aumentam a depender do local de atuação. A professora Danielle Aprígio informou que “a oportunidade salarial para os terapeutas ocupacionais que trabalham com o atendimento a crianças atípicas e condições neurológicas, em alguns estados brasileiros como, por exemplo, Mato Grosso, pode variar de 12 a 17 mil reais. Esses valores são definidos conforme a qualificação e especialização profissional, disse”.

Graduação em TO no Unifeso

Com duração de quatro anos, o curso acontece somente na modalidade presencial, no campus Sede e Quinta do Paraíso. E busca formar terapeutas ocupacionais que são peças fundamentais no processo de reabilitação cognitivo/motora dos pacientes.

Após o período de graduação, o profissional já formado também pode se especializar em diferentes modalidades como: Acupuntura; contextos hospitalares e sociais; gerontologia; saúde da família; contexto escolar e etc.

Por: Raphael Branco